quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Stephen Hawking e a batalha dos deuses

Em uma matéria publicada pela Folha de S. Paulo (aqui), o físico Stephen Hawking argumenta que por causa de leis como a da gravidade, o universo não precisaria de "Deus para acender o pavio e colocar o Universo em marcha". Essa é a sua opinião que foi mudada em relação ao seu Best-Seller científico anterior "História do Tempo", onde declara que não existia incompatibilidade entre a noção de Deus como criador e uma compreensão científica do Universo. E no próximo livro pode vir outra noção, abrindo margem à existência de um Criador. E depois muda de novo. E de novo. E de novo...

É assim o método científico, ao menos aquele método que podemos chamar de honesto. Pois assim como na política, os partidários colocam em xeque uma convicção pessoal em prol de uma causa dita maior, o cientista que nutre os seus esforços para afirmar uma idéia sem abrir margem para uma segunda ou terceira hipótese não é digno de seu esforço. Ele se amarra em seus próprios argumentos e se infla dele, sem ter a condição benéfica de dizer: eu estava errado.

A minha opinião, como se sabe, é contrária a do distinto cientista e, no meu caso, não me atenho a gerar especulação sobre o tema abordado simplesmente porque a minha existência e a minha vida não se baseiam no cientificismo, ao qual adimiro e assumo a sua importância. A mim cabe a leveza de apenas crer. Não apenas no sentido da criação, mas também na dispensação de algo maior, que relaciona toda essa criação ao amor pela própria criação e por esses seres tão ambivalentes que somos nós humanos.

Sim, ambivalentes para que pudéssemos ter a opção de crer e amar, ou não crer, se é que é possível não ter crenças na vida, e assim querer com tudo isso ser como um deus. Ou centralizamos em nós mesmos, ou damos vazão à nossa condição de que somos limitados e esse limite faz com que precisemos olhar para a criação com o desejo de se aproximar do ilimitado, do atemporal, do que nada sabe sobre essa necessidade humana de dizer "no princípio...".

Além disso, a minha condição de apenas crer faz com que eu olhe para quando eu não cria e porquê eu não cria e como isso mudava todos os meus parâmetros de pensamento e que, na verdade, embora eu não tivesse a dimensão exata do que significasse ter fé, mesmo que dentro de mim existisse uma grita evolutiva de olhar a vida com a perspectiva de Deus, uma força motriz teve que ser crepitada na figura do Elo da fé, a saber, Jesus Cristo. Sim, porque a declaração máxima é que Jesus, o homem eterno e ilimitado, veio viver com as condições de qualquer um de nós, nos nossos "limites" para que assim existisse na minha vida o Elo com o Deus que eu sabia que estava em algum lugar no tempo-espaço. Um Deus que ama e que por meio do Seu Filho cometeu um ato insano (cabe na sua mente?) de se sacrificar por seres que ainda discutem e estarão sempre nessa ambivalência sobre se Ele é ou não O Criador do Universo. O Filho teve (tem e terá) a função reconciliadora e isso antes mesmo da criação do mundo!

Você consegue mergulhar nessa loucura que eu descrevi ou prefere a luta dos deuses?

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